sexta-feira, 10 de julho de 2015

As funções de linguagem (Parte 1)

São seis as maravilhosas funções de linguagem estudadas no processo de comunicação entre dois ou mais interlocutores.
A função referencial é a que concentra no referente, ou seja, no assunto. Exemplo:  Em um texto jornalístico você (receptor) ficará atento ao conteúdo que lê.
A função metalinguística é a que prevalece o código explicando o próprio código. Vou dar o exemplo do dicionário, quando você não sabe por exemplo o significado de interregno (adoro esta palavra), você vai procurar em um dicionário de português o significado dela e as explicações virão para você em português, porque se elas viessem em chinês você não entenderia e o processo de comunicação não se estabeleceria.
A função emotiva ( eu dei um apelido para essa função...é a função egoísta do processo de comunicação...é aquela em que o interlocutor fala o tempo inteiro dele...portanto o uso da primeira pessoa do discurso (EU) se faz essencial...e você fica horas ouvindo um eu, eu, eu...geralmente algumas músicas usam essa função para mostrar um eu (poético) que vive em baixo astral e geralmente leva muitos foras das namoradas. (Qualquer semelhança não é mera coincidência...)
Lembro muito da música Lígia eternizada pelo João Gilberto...se você não conhece vale a pena procurar no youtube e ouvi-la é uma ode à função emotiva!
 
A função conativa é a típica das propagandas, concentra-se no receptor (que é o consumidor potencial) e destila todos os argumentos para VOCÊ comprar o produto dele, porque é melhor e ele ( o emissor) te explica com argumentos bem convincentes de que o produto dele é melhor. As propagandas são o exemplo mais contundente.
Em tempo: Lembro-me da famigerada propaganda da Coca Cola em que o slogan é "Abra a felicidade". Já abri várias garrafas e nunca, NUNCA, encontrei a tal da felicidade....apenas gases depois de bebê-la. Aff....
 
A função poética é a que pode ser confundida com a emotiva...primeiro, porque geralmente vem em forma de versos, assim como a emotiva...mas o que difere uma da outra é a preocupação do emissor em criar esteticamente versos belos e encantar seu receptor pela palavra. Todos os textos (em prosa ou em versos) podem ter a função poética, desde que o autor tenha o dom de saber usar as palavras.
E por último, mas não menos importante é a função fática que tem como maior objetivo manter o canal aberto entro emissor e receptor, ou seja, muitas vezes o conteúdo do assunto fica a desejar, porque o importante é manter o canal de comunicação aberto...penso naqueles casais de namorados que ficam horas ao telefone sem dizer nada, só no oi, tudo bem, bem...e você, também estou bem...pois é...o tempo esquentou de repente, né? E aí, você está bem mesmo?... Sim, estou...eu gosto do tempo quente e você? (ou seja, aquela conversa que não te leva a lugar nenhum, mas o que importa é que os dois (emissor e receptor) estejam conversando.
 
Depois volto nessas funções. Porque estou digitando depois da meia noite e o sono chegou.
Carpe diem!