quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ÀS metáforas!

Se há uma figura de linguagem interessante é a metáfora. Ela é uma espécie de comparação sem o uso de expressões "parecido com", "igual a" ou o famigerado "que nem". A metáfora une elementos que em algum momento têm situações ou características semelhantes. Exemplo. Meu filho é um peixe na piscina. Quando escrevo isso, faço uma metáfora, associo a habilidade do meu filho nadar a de um peixe e uso o verbo SER no presente do indicativo. Pode ser também no passado...Meu filho era um peixe ao nadar.
Há metáforas lindíssimas, compridíssimas e algumas esquisitíssimas...
Amor é fogo que arde sem se ver é um verso clássico do Camões e é uma bela metáfora.
Lula sempre faz metáforas ao falar de política quando fala de futebol.
Então é isso: Quando você NÃO empregar as expressões "parece", "igual a" "como", você estará fazendo uso da metáfora, capriche! Quando você empregar as expressões você fará uma comparação. Há quem ache que a comparação é um recurso "pobre", eu ainda não tenho opinião formada sobre isso porque se você tem o dom de escrever, sua comparação pode ser um show.
Nos encontramos depois, para falar da METONÍMIA. bjs.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

"Adolecente"

A Cláudia Raia foi massacrada nas redes sociais porque escreveu "adolecente". Está errado. Mas talvez tenha sido um erro ao digitar, duvido que  ela tenha  escrito assim porque não sabe. O que faltou na CR foi  uma revisão apurada no que escreveu. Quantos alunos, adultos e outros escrevem sem revisar o texto. A revisão em um texto é tudo pessoal!
Beijos, fui!

O que são figuras de linguagem?

Pode soar estranho, mas figuras de linguagem não são desenhos!!! Figuras de linguagem são recursos usados para que o nosso texto fique mais interessante, menos cansativo, mais divertido (se for esta a intenção!). Há várias figuras de linguagem. Vou começar a falar de uma por uma durante a semana. Hoje é apenas uma introdução. Portanto, lembre-se de que figuras de linguagem são recursos de estilo que você usa para escrever. Vamos supor que você queira servir uma coca cola para alguém que você esteja interessado, você vai procurar um copo bacana (limpo), vai pensar em colocar gelo e quem sabe limão. O gelo e o limão são os recursos que você utilizou para fazer um copo de coca cola ficar mais interessante. As figuras de linguagem são assim. Mas se você exagerar ou usar coisas inadequadas, seu texto pode ficar sem graça, sem estilo, feio. O mesmo com a coca cola...se você errar no gelo fica aguada, se você erar no limão ficará azedo...então é bom senso.
No próximo post (creio que seja amanhã) escreverei sobre a metáfora.
Abraços e até lá! :)

























domingo, 29 de junho de 2014

Incrível a dificuldade dos alunos em associar uma matéria estudada ao modo como escrevem. Há um mês (antes da copa) estou trabalhando homônimos (mal/mau- por que/porque/por quê/porquê e sessão, cessão, seção) na hora em que vão colocar em seus textos pessoais cometem os mesmos erros, ou seja, não conseguem transportar o aprendizado isolado da aula para o seu cotidiano. Às vezes fico muito desanimada com isso, porque demonstra falha na aprendizagem. Eu errei em algum momento, porque o aluno não associa e não acerta as palavras estudadas na hora em que vai escrever seu texto. O jeito é treinar novamente, ir para aulas pontuais e rever frases e textos escritos com os erros.
Preciso de paciência.
Acho que já devo pensar na aposentadoria.
(Confissões de uma professora desiludida)
Terminei o capítulo 11 do livro "Viva o Povo Brasileiro" de João Ubaldo Ribeiro, romance editado pela Editora Nova Fronteira e que peguei emprestado na Biblioteca Escolar Aprendendo a Viver, inaugurada em Dezembro/1993. Todos estes dados é para digerir um pouco do capítulo que se mostrou para mim revelador, porque é um capítulo trágico e cômico ao mesmo tempo, trágico porque relata a morte de Carlota Borroméia com uma espada logo após escrever um poema, ridículo, e aí reside a comicidade do texto para mostrar tão pesada cena. No capítulo, Amleto, pai de Carlota faz uma retrospectiva da vida e acha que foi um bom homem, "honesto" no negócios a seu modo e de um certo modo até generoso com aqueles que precisassem dele. Entretanto, sua filha, acaba tendo uma morte trágica, quando corta a cabeça com uma espada. Mas antes de Borroméia morrer escreve este poema que agora transcrevo no Blog:

Pois então, pois então, pois então!
Pois estão!
Pois então, pois então? Pois estão?
Pois então, que me perdoem, que me desculpem.
Pois então!
Eu descobri que, visto daqui, o jardim,
O jardim e o madrigal, lá-si-ré-do!
Não se interessam pela existência!
Pois então! Poisentão, poisentão, poisentão,
A quem me ler. Assinado, CBNFD.

(Página 367)

Relendo agora este poema, paro de rir e vejo o quanto ele é triste.
A morte não escolhe poetas.
A morte não escolhe
A morte não
A morte
A.
Fico por aqui, "pois então", abraço a todos.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Seis meses se passaram e encontro-me aqui, novamente, (no tédio) férias com Copa. Ainda não sei se é bom ou ruim, mas aproveito o tempo para ler e li dois livros. O primeiro intitulado "Solidão" de um jornalista chamado José Mayrink que escreveu uma série de reportagens no Estadão em 1982 no final daquele ano sobre a solidão em São Paulo, passados trinta anos, ele constata que pouca coisa mudou, apesar do avanço tecnológico. O livro requer coragem para ler, porque ele pode te deixar deprimido, portanto, sugiro que você esteja com o estado de espírito tranquilo para lê-lo.
O segundo livro que terminei é Alice no País das Maravilhas, um livro que instiga porque ele é doido demais, e você fica meio com raiva da Alice e apaixonada pelo Chapeleiro ou pela Lagarta Azul ou ainda, pela Falsa Tartaruga. É um livro de difícil digestão, porque ele é doido demais!!!! Mas é um livro alegre. Comprei por 43,00 na (única) livraria Saraiva em BH. Com ilustrações doidas demais de uma artista que eu acho que deve ser doida demais....hahahahahahha
Perdi meu gato Juju em janeiro deste ano e perdi a vontade de escrever aqui. Passou um mês e adotei mais dois gatinhos o Miguel que é amarelo e o Lulu que é branquinho. A vontade de adotar um preto é enorme, mas vou me controlar!
Por causa da Copa, o 2º Bimestre foi interrompido e ainda falta corrigir provas e redações. O tema da redação dado na escola foi sobre a "Automedicação", tema interessante, mas pouco aprofundado nas redações que li e ainda ocorreu um problema gravíssimo: alunos que estavam com celular com internet e "jogaram" no google a palavra e copiaram descaradamente vários textos sobre o assunto. Ao mesmo tempo que fiquei com raiva, fiquei com pena da ingenuidade dos alunos ao fazerem isso. Não sei se eles sabem, mas o professor de português que lê as produções de alunos, conhece cada um pelo texto, é como se a escrita fosse uma espécie de impressão digital. Bobinhos. Sabem de nada, inocentes.
Fico com a dica aqui, já que este blog é de dicas de português: Não tente enganar seu professor de português ao copiar um texto do google na sua redação porque o professor conhece sua impressão textual e é só ele jogar no google alguma expressão que ele sinta que não é sua para ela aparecer toda elegante em algum texto do google. Fique esperto (a)!





















































































































quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

É importante errar, mas ainda mais importante ter humildade para consertar o erro!

Muitos alunos meus acham professores de português arrogantes, porque eles têm o hábito de corrigir os falantes à medida que falam os erros de português. Aí é que está. Isso pode ser visto por muitos como uma coisa deselegante, mal educada e arrogância, mas o coitado do professor não quer ser arrogante, ele quer ajudar e acha que pode sair por aí corrigindo o povo "adoidado". Esse que é o problema porque é mal interpretado naquilo que ele acha que é uma boa ação.
Tenho visto muito nas postagens no facebook algumas dicas de português, muitas brincadeiras em relação à língua e para mim tudo isso é válido porque querendo ou não, o povo aprende ou pelo menos fica atento (dois segundos) ao que está sendo falado.
Foi assim que vi a postagem dos cem erros mais comuns em português que para mim foi muito bacana e disponibilizo o link para vocês lerem com calma e atenção. Há coisas interessantíssimas do nosso dia a dia e que muitas vezes não prestamos atenção. Está em slide share, tire um tempinho e leia e veja como é legal!
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/11/erros-comuns-lingua-portuguesa.html

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Leituras do início do ano

Caríssimos, feliz ano novo, vida nova, tudo novo!
Nesse tempo de férias, verão, calor insuportável, coloco-me novamente a escrever neste blog.
Muitas atividades fizeram-me ausentar daqui, mas como podem observar não "largo o osso"...e o "osso" no caso é a Língua Portuguesa, porque ela é fantástica e o modo como encaramos a língua é fantástico também.
Como não viajei estou em uma fase de muita leitura e, confesso, que adoro essa fase porque é uma fase mesmo. Há tempos que engato uma leitura atrás da outra, há tempos que tenho a maior preguiça em ler...vai me dando sono...
Quero aproveitar ao máximo essa fase de leitura e para isso li duas biografias uma da Rita Lee (Rita Lee mora ao lado de Henrique Bartsch) uma leitura instigante eu diria, mas acho que teve muita maconha no livro, sem ser puritana ou pudica, mas cansei do papo da larica, quanto cada um e como cada um fumou não vinha ao caso, mas foi bom para conhecer a vida alucinante de Rita Lee. Há dias que também adoro Rita Lee e outros tenho a maior antipatia. Vai entender!
A outra biografia que li e essa foi pesada por causa da quantidade de páginas (748páginas) e por causa da própria biografada foi Clarice Lispector de Benjamim Moser, gente, fiquei "passada" no bom sentido...
Os primeiros capítulos são meio chatos, há muita história dos antepassados da escritora, mas para quem gosta e tem alguma relação com o judaísmo vale a pena ler, eu pulei esses capítulos (sem culpa) e a vida dela era realmente muito interessante, mas ela era triste e solitária, como disse na última entrevista dada à TV Cultura com Julio Lerner dez meses antes de morrer. A biografia é fantástica, vale a pena ler. Comprei o livro da Editora CosacNaify a preços módicos no site da Submarino e foi um presente que me dei.
Outro livro que li foi "Mundos Roubados" do escritor Lloyd Jones, o mesmo de "O Sr. Pip" que amei e já escrevi aqui. "Mundos Roubados" é uma ficção que conta a história de Inês que tem seu bebê raptado pelo pai e da trajetória dela ao tentar reencontrar o menino e a partir daí ela viaja por vários países, até chegar na Alemanha mas é considerada uma imigrante ilegal e carrega ainda um crime nas costas ...bom a verdade é que não gostei do livro. Eu achei confuso,(há varias vozes narrativas)  achei a personagem Inês chata, ingênua e ingenuidade gera burrice, foi isso. Enquanto Matilda era tão linda e inteligente, Inês peca pela burrice. O melhor é não comparar textos e personagens e seguir com a leitura. Foi o que fiz.
Agora engatei a leitura de "O Mestre e a Margarita" do escritor russo Mikhail Bulgakov , ano passado eu cismei com a literatura russa e comecei a ler o que aparecia aí apaixonei-me por Anton Pavlovitch Tchekhov que foi um médico, dramaturgo e escritor russo, considerado um dos maiores contistas de todos os tempos.1 Em sua carreira como dramaturgo criou quatro clássicos e seus contos têm sidos aclamados por escritores e críticos.2 3 Tchecov foi médico durante a maior parte de sua carreira literária, e em uma de suas cartas4 ele escreve a respeito: "A medicina é a minha legítima esposa; a literatura é apenas minha amante." 
 Fonte:(http://pt.wikipedia.org/wiki/Anton_Tchekhov - acesso 07/01/2014), mas tenho a impressão de que a amante ocupou várias vezes o leito de Tchekhov por causa da quantidade de textos escritos e do esmero ao escrevê-los. Em BH, na campanha de popularização do teatro, teremos mais uma vez a peça dele "Tio Vânia" com o Grupo Galpão e acho que vou de novo vê-la.
Ainda estou a ler o livro "O Mestre e Margarita" depois volto para comentar!
Minhas férias estariam entediantes se eu não estivesse lendo "adoidado".
Ainda bem que existem livros para ler, escritores para escrever e tempo livre!
A todos saúde e paz em 2014 e com muita leitura circulante!